12 de nov. de 2012

Construção de Redes - XX

Quem faz e quem não faz o quê?
O objetivo desse momento é permitir que as instituições manifestem o que fazem com relação à uma Politica Pública e o que não fazem.

Por que se preocupar com “o que não fazem”?
É importante que a instituição tenha espaço para declarar ao grupo aquilo para o qual é muitas vezes demandada mas que não tem condições ou não é de sua atribuição. É fundamental deixar claro esses limites para que o grupo identifique demandas de atendimento
que muitas vezes não são encaminhadas ou respondidas por nenhum serviço, ou seja, ficam “descobertas”.
Essas informações são fundamentais para que o grupo se conheça melhor, e contribuem com elementos para formar o quadro de desafios da rede de serviços. Nesse e nos demais momentos, a pessoa ou o grupo que estiver facilitando o processo deve estimular o coletivo a desenvolver uma escuta ativa, salientando a importância de que as pessoas ouçam umas as outras.
Os desabafos fazem parte desses momentos e devem ser acolhidos e discutidos para que se identifiquem pistas para a definição de metas coletivas de enfrentamento de desafios e a superação de limitações.
É importante lembrar às pessoas que os desabafos são ponto de partida e não ponto final do trabalho, fazendo com que o grupo não sucumba a uma clima de queixas, impotência e desânimo.

Fonte: adaptação e transcrição da publicação Vem pra roda! Vem pra rede: Guia de apoio à construção de redes de serviços para o enfrentamento da violência contra a mulher / Denise Carreira, Valéria Pandjiarjian - São Paulo; Rede Mulher de Educação, 2003.

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