O objetivo desse momento é permitir que as
instituições manifestem o que fazem com relação à uma Politica Pública e o que não fazem.
Por que se preocupar com “o que não fazem”?
É
importante que a instituição tenha espaço para declarar ao grupo aquilo para o
qual é muitas vezes demandada mas que não tem condições ou não é de sua
atribuição. É fundamental deixar claro esses limites para que o grupo
identifique demandas de atendimento
que muitas vezes não são encaminhadas ou
respondidas por nenhum serviço, ou seja, ficam “descobertas”.
Essas informações são fundamentais para que o
grupo se conheça melhor, e contribuem com elementos para formar o quadro
de desafios da rede de serviços. Nesse e nos demais momentos, a pessoa ou o
grupo que estiver facilitando o processo deve estimular o coletivo a
desenvolver uma escuta ativa, salientando a importância de que as pessoas
ouçam umas as outras.
Os desabafos fazem parte desses momentos e devem ser
acolhidos e discutidos para que se identifiquem pistas para a definição
de metas coletivas de enfrentamento de desafios e a superação de limitações.
É
importante lembrar às pessoas que os desabafos são ponto de partida e não ponto
final do trabalho, fazendo com que o grupo não sucumba a uma clima de
queixas, impotência e desânimo.
Fonte:
adaptação e transcrição da publicação Vem pra roda! Vem pra rede: Guia de apoio à construção de redes de serviços para o enfrentamento da violência contra a mulher / Denise Carreira, Valéria Pandjiarjian - São Paulo;
Rede Mulher de Educação, 2003.
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