7 de nov. de 2012

Construção de Redes - XVII


Preparando o meio de campo
Mesmo que já existam espaços de articulação entre instituições, organizações e grupos em seu município, a construção da rede exige o desenvolvimento de um processo de trabalho focado nesse objetivo. Esse processo deve ser contínuo e envolver diferentes momentos como oficinas, reuniões e seminários.

Lembre-se
Caso o investimento para a construção da rede de serviços se restrinja somente a uma oficina, um seminário ou a uma reunião, com certeza o trabalho não vai decolar. Poderá até sensibilizar as pessoas e as instituições para a importância de um trabalho em rede, mas o “fazer acontecer” exige um processo continuado, passo a passo, temperado com muita paciência e persistência.
Quem puxa o processo de construção da rede terá o importante papel de criar condições para que esse processo nasça, cresça e aconteça. Visitar as instituições e os grupos, sensibilizar os(as) dirigentes dessas organizações para a importância da iniciativa e identificar aquela pessoa na instituição que pode ser representante (e fazer a diferença no processo) são ações fundamentais.
É claro que é difícil indicar a pessoa que representará a outra instituição, mas às vezes há espaço para participar dessa decisão. Na medida do possível, é importante que a pessoa esteja legitimada pela instituição para representá-la nesse processo e tenha o mínimo de poder de decisão para pactuar com os demais os rumos do processo.
Com o objetivo de sensibilizar as instituições e valorizar a proposta, é fundamental dar projeção pública à ideia da rede de serviços. A realização de um seminário sobre o assunto, envolvendo as diversas instituições, organizações e movimentos da sociedade, além de autoridades; a divulgação ampla nos meios de comunicação locais sobre a importância da construção de redes e a proposta para concretizá-la no município e estado; o lançamento público da ideia em uma data comemorativa, são algumas dicas para colocar o processo em evidência.
Além de ganhar a opinião  pública, essas iniciativas podem contribuir para a maior sensibilização dos níveis dirigentes das instituições com relação à importância desse trabalho.
Muitas vezes nem todas as instituições que atuam com Políticas Públicas terão condições ou estarão sensibilizadas para participar da rede de serviços. Um dos caminhos é investir na maior sensibilização desses atores e na divulgação da proposta. Outras vezes, o jeito é começar com quem pode e está afim e depois ir envolvendo outras instituições e outros grupos.
Pode também ser uma boa opção priorizar um município ou região para mostrar o impacto de
um trabalho em rede. Essa avaliação dependerá muito do contexto e das condições locais.
Fonte: adaptação e transcrição da publicação Vem pra roda! Vem pra rede: Guia de apoio à construção de redes de serviços para o enfrentamento da violência contra a mulher / Denise Carreira, Valéria Pandjiarjian - São Paulo; Rede Mulher de Educação, 2003.

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