25 de out. de 2012

Construção de Redes - XIV


“Uma visão sem uma tarefa, é apenas um sonho. Uma tarefa sem uma visão, é somente um trabalho árduo. Mas, uma visão com uma tarefa, pode mudar o mundo.” (Declaração de Mount Abu)

Pondo a mão na massa
Vamos agora apresentar alguns passos estratégicos para a construção de uma rede de serviços em seu município ou estado. Evidentemente, conforme a realidade local, esses passos deverão ser adaptados, revistos e aprimorados.
Somos todos aprendizes nessa construção! Experimentar, avaliar, reinventar, aprimorar e aprender é o caminho.
Antes de começar a viagem, é importante ter claro que a criação de uma rede de serviços exige vontade e, sobretudo, estratégia, persistência e muita criatividade. Em jogo está a mudança de lógicas e formas predominantes de funcionamento do Estado e de muitas organizações da sociedade civil ainda baseadas na fragmentação e na desarticulação de esforços.
Nessa construção, inúmeras tempestades e obstáculos poderão aparecer pelo caminho: falta de condições materiais, problemas políticos e de ordem burocrática, dificuldades da cultura institucional, limitações de mentalidade das pessoas.
Aquelas e aqueles que puxarem esse processo devem ter bem claro o tamanho do desafio, mas que também estarão sendo sujeitos de novos jeitos de enfrentar problemas graves e complexos da sociedade brasileira.
É uma mudança de paradigma. Esse processo, na medida do possível, deve ser debatido, aprimorado e articulado com o movimento da comunidade.
Os passos, as dicas e questões que apresentaremos a seguir poderão ser trabalhados em espaços coletivos, nos quais participem representantes de instituições e grupos que se pretende envolver.
Quanto mais interativo e participativo forem esses espaços (reuniões, oficinas, seminários), melhor os resultados.
A intenção é de que o próprio processo de identificação de atores, o levantamento de informações, a priorização de problemas e a definição de objetivos, de estratégias e de passos, crie e fortaleça vínculos entre as instituições e as pessoas que as representam nesses espaços coletivos.

Fonte: adaptação e transcrição da publicação Vem pra roda! Vem pra rede: Guia de apoio à construção de redes de serviços para o enfrentamento da violência contra a mulher / Denise Carreira, Valéria Pandjiarjian - São Paulo; Rede Mulher de Educação, 2003.

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