26 de set. de 2012

Construção de Redes - IV


Um jeito de atuar junto
As redes, como forma de atuação conjunta de um grupo de pessoas e/ou instituições, não são uma invenção dos dias de hoje, elas estão presentes de diversas maneiras na história da humanidade e em diferentes culturas e sociedades: de comunidades indígenas às empresas transnacionais.
Mas foi na década de 90, que as redes ganharam força como forma de organização em vários campos do conhecimento e da ação humana. Elas passaram a ser consideradas como arranjos mais flexíveis e cooperativos, capazes de dar respostas aos problemas e desafios cada vez mais complexos vivenciados pela humanidade.
Essa valorização das redes também se articulou à crescente globalização dos mercados e ao desenvolvimento do progresso das novas tecnologias, que possibilitaram a comunicação ágil e o trabalho articulado entre pessoas, grupos e instituições localizados em cidades, regiões e países, muitas vezes, distantes.
Vamos nos deter nas redes que constituem uma forma de organização conjunta entre elementos autônomos. Nessas redes, buscam-se desenvolver relações pautadas por interdependência, complementaridade e horizontalidade, nas quais o poder deve estar distribuído de forma mais igualitária.
Diferentemente das organizações baseadas no modelo piramidal, que ainda é o mais comum na sociedade, no qual o poder está concentrado na ponta e cresce à medida que sobe o nível hierárquico, as redes ganham força e dinamismo por meio da descentralização e da ação articulada.


No mundo, no Brasil, em nossos municípios há vários jeitos de se construir redes. Muitas cruzam os acúmulos dos modelos piramidal e de rede, outras nascem e se mantêm como algo superinformal, outras criam regras e outras se institucionalizam.
Existem redes que nasceram formais e verticalizadas como as existentes nos sistemas público de educação e saúde.
Tudo isso varia  conforme os objetivos, as naturezas, as características da rede e quem a constitui. Geralmente, pessoas, grupos e/ou instituições constituem redes para:
  • se apoiar mutuamente
  • trocar experiências e acúmulos;
  • desenvolver projetos, ações conjuntas;
  • articular esforços e competências;
  • influenciar politicamente;
  • desenvolver formação;
  • outras tantas finalidades e motivos.

Fonte: adaptação e transcrição da publicação Vem pra roda! Vem pra rede!: Guia de apoio à construção de redes de serviços para o enfrentamento da violência contra a mulher / Denise Carreira, Valéria Pandjiarjian - São Paulo; Rede Mulher de Educação, 2003.

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